quinta-feira, 27 de setembro de 2012

COMO FAZER BACKUP DO OUTLOOK 2007

 


Bom vejo que tem muita gente que procura como fazer BACK-UP dos arquivos e dos contatos do Outlook 2007 na internet.
Então mas uma vez resolvi criar esse tutorial para ajudar a todos.
1º clique com Outlook aberto clique em ARQUIVO.
Em Seguida IMPORTAR E EXPORTAR.

2º Depois marque a primeira opção
EXPORTAR PARA UM ARQUIVO.
AVANÇA

3º Marque a opção .
ARQUIVO DE PASTA PARTICULAR (.PST )
AVANÇA

4º Marque a opção .
PASTAS PARTICULARES e depois marque INCLUIR SUB-PASTAS.

5º Defina o lugar pra onde vão seus arquivos.
Exemplo --> uma pasta ou um disco local.
Marque a opção NÃO EXPORTAR ITENS DUPLICADOS.

SEGUNDO MÉTODO
Arquivo --> Gerenciamento de arquivo de Dados

Irá abrir uma Janela.
Clique em abrir pastas como mostra na foto
Será aberto essa janela abaixo.
Basta Copiar os arquivos para uma outra pasta manualmente com o botão direito.
TERCEIRO MÉTODO

CLIQUE EM PROCURAR PASTAS.

Será aberto essa janela abaixo.
Basta Copiar os arquivos para uma outra pasta manualmente com o botão direito.
RETORNADO COM OS ARQUIVOS
Clique com Outlook aberto clique em ARQUIVO.
Em Seguida IMPORTAR E EXPORTAR

IMPORTAR DE UM OUTRO PROGRAMA OU ARQUIVO.
AVANÇA
ARQUIVO DE PASTA PARTICULAR (.PST )
AVANÇA
LOCAL ONDE FORAM GUARDADOS OS ARQUIVOS.

MARQUE --> IMPORTAR PARA A MESMA PASTA EM .
INCLUIR SUB-PASTAS
DEPOIS CONCLUIR

RETORNADO OS CONTATOS
Como mostra a pasta abaixo.
No caso do Windows Vista e Windows 7 os contatos ficam na pastas
usuário local como mostra na foto abaixo.
Em seguida pastas contatos.

No caso o outlook 2007 usando no Xp ele não armazena nessa pasta e sim num arquivo .PST
clique com Outlook aberto clique em ARQUIVO. Em Seguida IMPORTAR E EXPORTAR.

IMPORTAR DE UM OUTRO PROGRAMA OU ARQUIVO.
AVANÇA
ARQUIVO DE PASTA PARTICULAR (.PST )
AVANÇA

LOCAL ONDE FORAM GUARDADOS OS ARQUIVOS.
MARQUE SÓ A OPÇÃO CONTATOS
CONCLUIR

BACKUP DE REGRAS DO OUTLOOK 2007
Clique em FERRAMENTAS.
REGRAS E ALERTAS.

Em seguida Clique em OPÇÕES
EXPORTAR - SALVAS AS REGRAS FEITAS DO OUTLOOK 2007.
IMPORTAR - RETORNA AS REGRAS PARA DENTRO DO OUTLOOK 2007

Só não falarei das Regras pois são diversas regras que o Outlook possui.
Ai só fazendo um curso ou lendo uma apostila.

Ator Denzel Washington revela experiência com o Espírito Santo e hábito de ler a Bíblia diariamente: “Isso é o que tem me abençoado”

 

 

O ator Denzel Washington, 57 anos, vencedor do Oscar por duas vezes, declarou em recente entrevista que sua vida mudou após ter recebido o Espírito Santo.

Declaradamente cristão, Washington afirmou à revista GQ que tem como hábito diário a leitura da Bíblia, e que isso o inspira a fazer a diferença. A entrevista do ator foi concedida durante o intervalo das filmagens de seu novo filme, “2 Guns” (ainda sem título oficial em português), em que contracena com o ator Mark Wahlberg. A entrevista foi reproduzida em parte pelo site Urban Christian News.

-Leio a Bíblia todos os dias, ela é minha palavra diária. Li algo muito legal ontem: “Nós não aspiramos só viver a vida, aspiramos fazer a diferença” – revelou o ator, que ficou conhecido por seus papéis em “Tempo de Glória” e “Dia de Treinamento”, que renderam a ele as estatuetas do Oscar, além de “Um Grito de Liberdade”, “Deja Vu”, “Um Anjo em Minha Vida” e mais recentemente, “O Sequestro do Metrô 123” e “O Livro de Eli”, entre outros, que somam 41 filmes no total.

Denzel Washington contou ainda que sua primeira experiência sobrenatural com a manifestação do Espírito Santo ocorreu há muito tempo atrás: “Foi há trinta anos, na igreja que eu ainda frequento. O pastor estava pregando: ‘Deixa fluir’. Eu disse, ‘vou deixar’, conta o ator, antes de descrever o momento: “Eu tive uma tremenda experiência física e espiritual. O que me assustou é que eu estava com a língua enrolada, chorando, suando. Minhas bochechas pareciam que iam explodir. Foi como uma limpeza. Foi algo muito intenso… Liguei para minha mãe, e ela disse que eu estava sendo cheio do Espírito Santo”.

Considerado um dos mais importantes atores de Hollywood atualmente, Denzel Washington ressaltou a importância da espiritualidade em seu sucesso profissional: “A espiritualidade é importante em todos os aspectos da minha vida. Quero dizer, é por isso que eu estou aqui. Isso é o que tem me abençoado”.

Por Tiago Chagas, para o Gospel+

A ceia do Senhor

 

A Ceia do Senhor
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Escrito por Jabesmar A. Guimarães

Antes de iniciar este estudo, seria bom que abríssemos o nosso coração para aquilo que a Palavra de Deus quer nos transmitir a este respeito. É muito comum ouvirmos várias opiniões sobre a Ceia do Senhor, mas serão todas elas bíblicas? Que nossa oração seja no sentido de que Deus nos ajude a abrigar em nossos corações as profundas verdades bíblicas acerca do sublime significado da Ceia do Senhor.

Seria importante frisar que o presente estudo não tem a pretensão de esgotar todas as considerações acerca deste assunto, pois o espaço não nos permite.

Feitas estas observações, passemos a analisar os principais textos que nos falam acerca da instituição da Ceia na Igreja de Cristo. São eles: Mt 26:26-29; Mc 14:22-25; Lc 22:19-20; Jo 6:48-58; At 2:41-46; 20:7,11; ICo 10:15-17; *11:23-26.

Vemos que esta ordenança é chamada de partir o pão (At 2:42,46, 20:7, 11) e de Ceia do Senhor (ICo 11:20). Seria bom notar que estas são as únicas ocorrências destes termos na Bíblia. Apesar da maioria das igrejas locais adotarem o segundo nome, não é errado se referir a Ceia do Senhor como o partir o pão. Já a expressão Santa Ceia deve ter sido introduzida no vocabulário de algumas igrejas locais com a melhor das intenções, contudo não é uma expressão tirada das Escrituras Sagradas.

Como pudemos observar os textos são muito sucintos e nenhum deles nos ensinam a forma de celebrar a Ceia do Senhor.

Quanto a forma, o que vemos é uma celebração simples e desprovida de liturgia, ritos e "trajes especiais" (Isto não quer dizer que o conteúdo e/ou o significado não sejam ricos e profundos).

Outro ponto importante é que o Senhor usou elementos comuns aos costumes judaicos para instituir a Ceia. Ele não criou nada novo. O Pão era um dos que já estavam à mesa, o mesmo pode se dizer a respeito do vinho. Eram elementos comuns da alimentação diária daquele povo. O fato de estarem à mesa compartilhando uma refeição era algo muito significante na cultura oriental. Comer com alguém era muito mais do que simplesmente se alimentar; significava associação, comunhão, compromisso e interesse mútuo.

Os três relatos dos Evangelhos e o relato de I Coríntios se complementam e incluem as principais características da Ceia. Mateus e Marcos combinam entre si, bem como Lucas e Paulo também. A diferença principal entre estes dois grupos são que Mateus e Marcos omitem a frase "fazei isto em memória de mim" e incluem "derramado em favor de muitos" depois de se referirem ao sangue da aliança. Lucas diz: "derramado por vós." Em lugar da observação que o Senhor fez da Sua futura reunião com os discípulos no Reino de Deus, Paulo faz referência a proclamação da morte do Senhor "até que ele venha".

Estas palavras de Paulo refletem, de forma inequívoca, a esperança escatológica da volta do Senhor para arrebatar a Sua Igreja. Esperança esta que é, por assim dizer, reavivada pela celebração da Ceia do Senhor.

É também através de Paulo que tomamos conhecimento do profundo significado da Mesa do Senhor como uma comunhão (koinonia) com o Senhor (ICo 10:16). É de bom tom lembrar que a nossa comunhão não é com o Cristo morto e sim com o Senhor ressurrecto, vitorioso, glorificado e poderoso. Paulo também nos mostra a unidade da Igreja, pois assim como compartilhamos de um único pão, assim também nos reunimos como um único corpo de Cristo (ICo 10:17).

Assim vemos que a Ceia do Senhor simboliza não somente o próprio corpo e sangue do Senhor Jesus mas também o Seu Corpo místico, que é a Igreja. Quando "todos participamos do mesmo pão" isso significa, entre outras coisas, que nós, apesar de sermos individualmente muitos e diversos, nesse ato ficamos sendo uma coisa só: um "pão" ou um "corpo", ou como se fala em ICo 2:5, um "sacerdócio" (S. E. Mac Nair. Cartas Ocasionais, p. 120).

Quando Paulo se refere à noite em que o Senhor foi traído, nossas mentes são levadas aos textos que narram da instituição da Ceia. Nos deteremos, um pouco, nas palavras proferidas por Jesus naquela noite, buscando entender o significado delas. Passemos a uma comparação entre as narrativas:

  • Mateus: "Tomai comei; isto é o meu corpo".
  • Marcos: "Tomai, isto é o meu corpo".
  • Lucas: "Isto é o meu corpo oferecido por vós; fazei isto em memória de mim".
  • Mateus: "Isto é o meu sangue da [nova] aliança, derramado em favor de muitos para a remissão de pecados".
  • Marcos: "Isto é o meu sangue, o sangue da nova aliança derramado em favor de muitos".
  • Lucas: "Este é o cálice da nova aliança no meu sangue derramado por vós".

Ao se referir ao Seu corpo e Seu sangue, Ele aplica a si mesmo uma linguagem sacrificial. Ou seja, Ele fala de si mesmo como o sacrifício que inauguraria e garantiria a nova aliança. Segundo Agostinho de Hipona (354-430 AD), estas palavras de Jesus "são uma figura que quer nos comunicar a paixão do nosso Senhor, e entesoura de maneira secreta e proveitosa em nossas memórias o fato de que ele foi crucificado e traspassado por nós".

A ceia é uma demonstração de que a essência da vida cristã; é receber a Cristo como alimento espiritual. "Quem comer a minha carne e beber o meu sangue, permanece em mim e eu nele. Assim como o Pai, que vive, me enviou, e igualmente eu vivo pelo Pai, quem de mim se alimenta, por mim viverá" (Jo 6:56,57). Portanto, a fé é algo fundamental ao participarmos da Ceia. O mero participar da Ceia não traz os benefícios da obra de Cristo, estes devem ser apropriados pela fé. O cristão deve alimentar a sua alma com Cristo (Jo 6:51), e a Ceia é apenas uma figura disso. Cristo é o Senhor da mesa, mas Ele não pode ser dado e recebido automaticamente pela simples realização do ritual da Ceia.

Outra frase de Jesus que é repetida duas vezes por Paulo é: "fazei isto em memória de mim" (Lc 22:19; ICo 11:24,25). Esta ordem tem por finalidade que nós não nos esqueçamos a obra redentora que ele efetuou na Cruz do Calvário em nosso favor. Seria o mesmo que dizer, "em lembrança de mim" ou "em recordação de mim". Ou seja, ao realizar a Ceia Memorial, a igreja lembra a morte sacrificial de Jesus Cristo e a realidade dos benefícios advindos deste ato. Em outras palavras a Ceia é uma dramatização que nos recorda o que aconteceu no Calvário.

O pão ao ser quebrado nos lembra que Cristo foi "moído pelas nossas iniquidades"(Is 53:5; Tt 2:14; IPe 2:24;Hb 10:10). O vermelho do vinho nos lembra que Ele derramou seu sangue para tirar o nosso pecado, nos santificar e nos aproximar de Deus (Ef 1:7, 2:13; Cl 1:20; Hb 9:28, 10:19, 13:12; IJo 1:7; Ap 1:5, 5:9). Ao celebrarmos a Ceia, os benefícios advindos do sacrifício do Senhor Jesus devem ser trazidos à nossa memória e gerar no nosso coração um sentimento de profunda gratidão e adoração a quem tanto nos amou. Na Ceia, a Igreja, o Corpo vivo de Cristo, vislumbra as melhores coisas que Deus tem preparado para nós, tornando viva a nossa bendita esperança (Tt 2:13).

A Ceia do Senhor apresenta uma tríplice perspectiva:

  • Passada, lembra um evento e revive sua realidade e valor;
  • Presente, anuncia e dramatiza a obra redentora do Senhor, convocando a Igreja ao cumprimento da sua missão; e,
  • Futura, exorta seus participantes à espera do Senhor glorificado que vira consumar o plano de Deus. E, nessa tríplice perspectiva, a Ceia é o mais forte elo da unidade corporativa da Igreja cristã, "porque todos participamos do único pão" (I Co 10:17 - Dicionário Internacional de Teologia do Novo Testamento. p. 415).

Existem hoje quatro posições mais comuns acerca da Ceia do Senhor. São elas:

  • Transubstanciação (Católica Romana): no momento da Ceia (eucaristia) os elementos são transformados no sangue e corpo de Cristo.
  • Consubstanciação (Luterana): o corpo e o sangue de Cristo estão presentes e combinados com os elementos da Ceia.
  • Presença Espiritual (Calvino): Cristo está presente com os elementos.
  • Memorial (Zwingli, Batista, Pentecostal, Irmãos): os elementos são somente símbolos, e a presença de Cristo e relativa à fé do participante. Cada um tem que tomar a Ceia com a atitude correta e com fé.

Detalhes Importantes:

  • Cristo não tinha morrido quando institui a aliança.
  • O propósito é proclamar a morte do Senhor, não recrucificá-lo.
  • O uso da linguagem inclui metáfora (Ex.: isto é o meu corpo; ou, este é o cálice da nova aliança). Não é usada uma linguagem literal assim como "eu sou a porta" também não é.

No entanto, tendo visto tão grande riqueza de significados belos e profundos, é de se estranhar que elementos alheios à Ceia do Senhor tenham sido introduzidos na sua celebração; tomando vulto de grande importância e usurpando o lugar do Senhor. Aquilo que era para ser singelo foi acumulado de um ritualismo que tira a nossa atenção do essencial. Em algumas igrejas locais o horário, a mesa, toalhas, guardanapos, paletó, gravata, cálice ou cálices, pão com ou sem fermento etc, tem tido mais destaque que o Senhor da Ceia.

São tantas regras e preceitos que a simplicidade e a singeleza com que era celebrada pela igreja de Atos a muito ficou para trás. Temo que alguns irmãos estejam beirando a idolatria quando dão demasiado valor a mesa e a toalhas chegando ao ponto de deixar de participar da Ceia quando um destes detalhes não estão de acordo com o seu gosto pessoal. Digo gosto pessoal com a convicção de que estas coisas são regras humanas que não se encontram na Bíblia. E se não estão na Palavra de Deus não deveriam ser impostas na Igreja do Deus da Palavra.

Criticamos, e com razão, as igrejas que dão ao pastor a exclusividade de repartir os elementos, mas em algumas igrejas locais a distribuição dos elementos é exclusividade de presbíteros e diáconos; e isto se estiverem devidamente uniformizados. Alguns dizem: "quem vai participar da Ceia pode vir sem paletó, mas quem vai servir deve trajar paletó e gravata." Ai cabem duas perguntas: (a) quem é mais importante, o que distribui os elementos ou o que recebe? (b) onde, na Bíblia, é exigido traje especial para servir a Ceia? Para a primeira pergunta a resposta é: "nenhum dos dois e sim o Senhor." A segunda resposta é: "Além da exortação de que o cristão deve se trajar decentemente (não só nas reuniões da igreja), em nenhum lugar encontramos tal instrução". E assim, em muitos lugares é dada tanta ênfase a forma que o conteúdo sofre detrimento.

Quando privamos um irmão de, em qualquer dos dois aspectos, participar da Ceia, que não é nossa mas do Senhor, por motivos alheios à Sua Palavra, estamos pecando. "Receio muito a ocupação com formas e ritos: com a matéria e não com o espírito - que é Cristo. Tenho notado que uma demasiada ocupação com a parte material do serviço tende a depreciar a parte espiritual" (S. T. Mc Nair - Cartas Ocasionais. p. 123).

Para finalizar, devemos atentar para uma situação muito comum nas igrejas locais. Me refiro as pessoas que deixam de participar da Ceia por acharem que um irmão não está participando dignamente. Mais uma vez gostaria de compartilhar com vocês o conselho de um sábio:

"Alguns, com uma facilidade extraordinária, afastam-se da Ceia em qualquer ocasião em que não aprovam a conduta de alguém ali: um modo de proceder que a Escritura não ensina. Julgar os outros e assim não tomar parte, tampouco concorda com a Escritura que nos ensina a julgarmos a nós mesmos e assim tomarmos parte" (Cartas ocasionais. p.12,13).

Uma última observação é que gostaria imensamente de ter terminado este estudo a sete parágrafos atrás. Contudo, por força das circunstâncias, nos foi necessário abordar estes erros que devem ser evitados e rejeitados. Infelizmente há pessoas que gostam de condenar os irmãos que não pensam como elas, mas seria bom lembrar que nem tudo que condenamos Deus condena; e nem tudo que aceitamos Deus aceita. Quando quero forçar um irmão a fazer o que a Bíblia não ordena é como se estivesse dizendo: "assim diz o Senhor", quando o Senhor não disse. Isto é sério e deve nos encher de temor a possibilidade de que estejamos acrescentando pareceres particulares nossos à Santa Palavra do Senhor.

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Yousef Nadarkhani: pastor condenado à morte no Irã é libertado após passar 3 anos preso

 

 

 

O pastor iraniano Yousef Nadarkhani, que estava preso há quase três anos sob acusação de apostasia e sofria a ameaça de ser executado, foi libertado nesse sábado e teve as acusações de apostasia, que poderiam levá-lo à execução, retiradas pelas autoridades do Irã.

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A libertação do pastor foi confirmada por vários canais de notícias, e o Ministério Portas abertas confirmou que fontes próximas ao caso relatam que o tribunal o inocentou das acusações de apostasia, mas foi considerado culpado na acusação de evangelizar muçulmanos e sentenciado a três anos de prisão por isso.

Nadarkhani se apresentou ao tribunal no início da manhã do sábado e, após seis horas de audiência, foi inocentado do crime de apostasia. Pela acusação de evangelizar muçulmanos o pastor foi sentenciado a três anos de prisão e, como já estava na prisão durante esse período, sem ser julgado, o tribunal considerou que sua sentença já havia sido cumprida.

O pastor iraniano foi preso em 2009 porque não quis que os filhos estudassem o Alcorão. Ele se converteu a Cristo aos 19 anos de idade e três anos depois, já pastor evangélico, fundou uma pequena comunidade cristã na cidade de Rasht, a noroeste de Teerã. Nadarkhani foi preso, acusado de abandonar a fé islâmica e evangelizar muçulmanos, e recebeu a sentença máxima: morte por enforcamento.

Nadarkhani ficou preso durante três anos, e seu caso teve uma grande repercussão internacional, que certamente influenciou em sua libertação. Um dos países que se mobilizou pela libertação do pastor foi o Brasil, com grande participação do senador Evangélico Magno Malta, que se encontrou em várias ocasiões com o embaixador do Irã, para intervir em favor do pastor.

Redação Gospel+

 

Nota: Cristãos do mundo inteiro estiveram orando e jejuando pelo Pastor Yousef e Deus fez um milagre, porém, o que mais me chama a atenção é que ele teve várias chances de ser libertado negando ao Senhor Jesus, e ele não o fez. Glória a Deus por isso.

 

Marta Suplicy assume ministério da Cultura; suplente é contra casamento gay e aborto e assume função no Senado

 

Marta Suplicy assume ministério da Cultura; suplente é contra casamento gay e aborto e assume função no Senado

Marta Suplicy assumiu o ministério da Cultura e já intensificou seu apoio à candidatura de Fernando Haddad à Prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad. Suas funções no Senado serão agora exercidas por seu suplente Antônio Carlos Rodrigues (PR-SP).

Católico, Rodrigues já se posicionou contra o casamento gay e o aborto. Ele disse que a igreja pautará suas ações no Senado. “Vou seguir sempre as posições da Igreja Católica nas votações. Para mim homem é homem e mulher é mulher. Também sou contrário ao aborto e à eutanásia”, afirmou na quarta-feira passada (12) o vereador paulistano, após uma sessão na Câmara Municipal marcada pelas homenagens dos colegas ao novo senador por São Paulo.

Ativistas homossexuais expressaram sua preocupação com Rodrigues assumindo a posição de Marta, que é a relatora da PLC 122, projeto de lei que criminaliza a homofobia. Um grupo defensor dos direitos homossexuais chegou a enviar um email à Marta pedindo sua substituição e chamando-o de “evangélico” e “homofóbico”.

Marta não comentou sobre o assunto, mas manteve o suplente em sua função. Rodrigues licenciou-se da Câmara Municipal de São Paulo, mas manterá sua campanha à reeleição para o cargo de vereador. Após as eleições, ele renovará a licença e assumirá a cadeira no Senado.

Durante a posse no novo cargo, Marta afirmou que “a grande maioria dos evangélicos não é homofóbica. Eles respeitam a diversidade”.

De acordo com a Veja, ela ainda explicou que não houve constrangimento com a opinião de seu suplente no Senado, Antônio Carlos Rodrigues, contra o casamento gay e o aborto. “Ele estava na minha coligação partidária, é o meu suplente. Não tenho nada a dizer sobre isso”, disse a agora ministra.

Marta é relatora da proposta que inclui no Código Civil a união civil de pessoas do mesmo sexo. A questão já foi reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal. Conhecida por ser defensora do movimento gay e do aborto, ela é considerada “musa “do ativismo homossexual.

Redação Gospel+

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

A REFORMA PROTESTANTE–Os reformadores antes da Reforma (1400–1500 dC)

 

Os Reformadores Antes da Reforma (1400 - 1500)

O Evangelho na Boêmia


Enquanto os lollardos eram perseguidos na Inglaterra, dava-se um despertamento religioso noutro ponto da Europa, para o qual chamamos a atenção do leitor. Este despertamento teve como chefe o mártir reformador João Huss.


Não resta dúvida de que foram os escritos de Wycliff que acenderam as primeiras centelhas desta revivificação, e as circunstâncias que conduziram a isto, às quais nos podemos apenas referir em breves palavras, assim descritas: A esposa de Ricardo II de Inglaterra era uma princesa boêmia, irmã de Wenceslau, rei de Boêmia. Era mulher piedosa, e tinha estudado as Escrituras Sagradas, sendo isto mesmo afirmado pelo perseguidor arcebispo Arundel, que disse que "Embora ela fosse estrangeira, estudava constantemente os quatro Evangelhos em inglês, com as explicações dos doutores; mostrando-se neste estudo e na leitura dos livros piedosos mais diligente do que os próprios prelados". Pela morte do seu marido, ela voltou para a Boêmia levando consigo as obras do reformador.


Depois um sábio boêmio de Praga, chamado Jerônimo, visitou a Inglaterra, travando conhecimento com vários lollardos, em cujos ensinos se embebeu. Em seguida voltou para a sua cidade onde ensinou as novas doutrinas com zelo e bom êxito.


Num período ainda posterior (1404), dois ingleses de Cantuária também tinham ido a Praga, e ali manifestaram sentimentos antipapais. Estabeleceram a sua residência nos subúrbios da capital, em casa de um tal Lucas Welensky, e, com seu consentimento, pintaram nas paredes do seu quarto dois quadros, um representando a história da paixão de Cristo, o outro a pomba da corte papal. A significação da antítese daqueles dois quadros era bastante clara; o povo foi ver aquelas pinturas toscas, e Huss, que era então pregador na capela de Belém, e igualmente deão da faculdade de filosofia, referiu-se a elas nos seus sermões.

João Huss
Havia algum tempo que Huss mostrara a sua simpatia pelas idéias de Wycliff. Era homem de saber profundo, de um entendimento claro, e um hábil dialético; alto, magro, pálido, e de olhos cinzentos e pensativos, parecendo mais um estudante do que um padre. As suas maneiras eram graves e dignas; a sua moral austera e irrepreensível. Assim como Wycliff, pregava sempre ao povo na sua própria língua e, como ele, era severo e enfático quando fazia a exposição dos abusos que então prevaleciam; mas como era um favorito da corte não foi incomodado no princípio. Ele amava e respeitava a memória do reformador inglês, e ouviam-no orar muitas vezes na capela de Belém para que a sua alma pudesse ir juntar-se à de Wycliff depois da sua morte.


O grande cisma da cristandade papal era ainda assunto de discussão quando Huss era pregador na capela de Belém e reitor popular da Universidade, e não era provável que ele deixasse isso passar sem algumas palavras de censura. Mas o seu zelo neste ponto pouco mal lhe fez, visto que os que deviam olhar pelos decretos de proibição que foram publicados contra ele, deles não fizeram caso. Foram outras circunstâncias que fizeram dele um herege aos olhos de Roma e uma era daquelas que mal podiam esperar ser perdoadas.

Huss em Conflito com o Papa


No ano de 1411 o papa de Roma, João XXIII, homem de vida dissoluta e hábitos guerreiros, proclamou uma cruzada contra Ladislau, rei de Nápoles, e ofereceu as costumadas indulgências a todos aqueles que se reunissem ao exército papal. Huss ficou justamente indignado por ver a cruz de Cristo degradada para fins tão anticristãos, e pregou contra a cruzada. O povo, encantado pela sua eloqüência, recusou atender aos missionários do papa, e muitos interrompiam as suas arengas com exclamações encolerizadas. Esses representantes papais não estavam porém habituados a tal tratamento, e não era natural que se submetessem em silêncio. Contudo, ferir o chefe do movimento era uma medida bastante perigosa e intempestiva, e também não era prudente, no estado de agitação em que se achava o povo; não deram qualquer passo para a sua própria defesa. Mas prenderam em segredo três dos chefes, que foram lançados na prisão por ordem do senado, e logo executados secretamente. Mas o sangue dos assassinados foi visto correr pelas grades da prisão, e assim a morte deles tornou-se pública para um levantamento geral, e o povo precipitou-se em massa contra a Câmara Municipal, tomando-a de assalto. Entrando na prisão, apoderaram-se dos corpos decapitados das vítimas e levaram-nos a um lugar de sepultura, dando-lhes honras de mártires. No entanto, Huss, prevendo as conseqüências que lhe podiam acontecer por este ato ousado e ilegal do povo, retirou-se da cidade e continuou as suas pregações em sítios onde estivesse mais seguro. Foi citado pelo papa para comparecer perante o tribunal do Vaticano, mas não fez caso, sendo, por esse motivo, excomungado. Apesar disso continuou pregando do mesmo modo, aumentando diariamente o número dos seus convertidos e adeptos.

Huss Citado para Comparecer em Constancia


No entanto, foi convocado um concílio de prelados e outros em Constância, cidade imperial nos Alpes, do lado da Alemanha, com o fim de desfazer o grande cisma que existia, e suprimir as heresias de Wycliff, e Huss foi citado a comparecer perante ele. Podíamos encher páginas contra os horrorosos segredos e as blasfêmias públicas dos membros deste concílio, mas esses pormenores seriam revoltantes; apenas nos referiremos a eles por dizerem respeito a João Huss, e o pérfido tratamento que deram a este homem verdadeiramente nobre.


Quando o reformador boêmio recebeu a citação para se apresentar em Constância, não hesitou em obedecer. Não tinha aparecido em Roma, por conhecer a deslealdade do papa, mas com a assembléia de Constância o caso era diferente. Os prelados, segundo ele pensava, eram os augustos representantes daquela igreja verdadeira a qual ele pertencia, e ele sabia que um dos fins para que o concílio fora convocado era idêntico àquele que muitas vezes estava mais no seu coração quando pregava. Ainda assim, apesar da confiança que tinha nos prelados, entendeu que um salvo-conduto do imperador alemão, Sigismundo, podia protegê-lo, e por isso procurou alcançá-lo. Neste salvo-conduto o imperador ordenava que o deixassem viajar livremente, e, munido desse documento, o reformador partiu na sua jornada.

Prisão de Huss


Agora notemos a perfídia de Roma: Assim que o reformador pôs os pés em Constância foi logo agarrado e lançado na prisão, sendo acusado de heresia. O concílio sabia perfeitamente que ele tinha um salvo-conduto, mas esta dificuldade foi logo resolvida, publicaram um decreto dizendo que não se devia guardar palavra com hereges. O povo ficou espantado quando soube da prisão de Huss, e os seus clamores indignados chegaram da Boêmia aos ouvidos do imperador. Ele ainda chegara a Constância, e ao princípio parecia disposto a favor do povo em condenar a traição do concílio, chegou até a falar em abrir à força a prisão em que o reformador estava encerrado, mas quando chegou à cidade, os argumentos dos padres venceram seu bom critério, e deixou-os fazer ao prisioneiro o que queriam.


A masmorra em que Huss tinha sido encerrado era úmida e imunda, e o alimento pouco, e não era saudável. Esperavam por este tratamento diminuir-lhe a força, e poderem fazer dele o que quisessem. Tais esforços tiveram tão bom resultado que o reformador ficou gravemente doente.

Começo do Julgamento de Huss


No começo de junho de 1415 e antes de estar completamente restabelecido, começou o seu julgamento público, mas apesar de estar tão fraco, foi-lhe proibido ter um advogado, porque, diziam seus inimigos, um herege não podia ter defensor. Houve duas acusações contra ele; a primeira de crer nas doutrinas de Wycliff, a segunda, de estar "infectado com a lepra dos valdenses". Quando foi chamado para responder pela primeira acusação apelou para a autoridade das Sagradas Escrituras, mas a sua voz foi imediatamente abafada por um tumulto de escárnio e zombaria. Era pois impossível tentar qualquer defesa em tais circunstâncias, e quando lhe apresentaram o segundo ponto, ficou silencioso. Isto mesmo condenou-o, visto que seu silêncio foi tomado como uma tácita confissão de sua culpa. Por fim a excitação tornou-se tão grande que foi impossível continuar o julgamento, e a assembléia retirou-se.


No segundo dia apareceu o imperador em pessoa para manter a ordem, e desta vez parece que tudo correu com muito mais sossego, apesar de os prelados não o poderem conservar até o fim. Quando, no decurso do julgamento, Huss concordou que tinha dito que Wycliff era um verdadeiro crente, e que a sua alma estava agora no Céu, e que não podia desejar maior salvação para a sua própria alma do que a que estava gozando a alma de Wycliff, os "santos" padres não puderam conter uma gargalhada. No terceiro dia concluiu-se o julgamento, e Huss foi de novo mandado para a prisão enquanto se lavrava a sentença.


Durante todo o julgamento parece que houve um amigo que se pôs ao seu lado de uma maneira própria duma grande afeição; este amigo foi um cavaleiro boêmio chamado Chulm. Em todos os dias do julgamento esteve sempre com ele, e acompanhou-o durante todo o seu penoso e aborrecido cativeiro; e tudo isto com grande risco para si próprio. "Meu querido mestre", disse ele depois de passar o terceiro dia de julgamento: "eu sou um ignorante, e portanto incompetente para dar conselhos a um homem de tanto saber como o senhor. Contudo, se está intimamente convencido de alguns desses erros que lhe atribuíram publicamente, peço-lhe muito encarecidamente que não se envergonhe de se retratar; mas se, pelo contrário, está convencido da sua inocência, não quero de modo algum aconselhá-lo a dizer seja o que for contra a sua consciência, antes quero exortá-lo a suportar qualquer espécie de tortura a renunciar a qualquer coisa que considere como verdade". Huss ficou profundamente comovido pelo sincero e bondoso conselho do seu amigo, e disse-lhe com as lágrimas nos olhos que Deus bem sabia como ele de boa vontade se retrataria, debaixo do juramento, de qualquer exposição que tivesse feito contrária às Escrituras Sagradas. Decorreu um mês, e parece que durante esse tempo o cavaleiro esteve sempre com ele, provando, assim, que era um fiel discípulo e um verdadeiro amigo.

Fim do Julgamento de Huss


No dia 6 de Julho de 1415 ele compareceu pela última vez perante o concílio, e ouviu então a sua sentença. A sessão teve lugar na catedral, e Huss esteve no pórtico enquanto se celebrava a missa, por isso que a um herege não podia ser permitida a entrada na igreja durante a cerimônia. O bispo de Lodi pregou o sermão e escolheu para seu tema este texto: "Para que o corpo do pecado seja desfeito" (Rm 6.6). As suas observações foram uma furiosa exposição contra as heresias de Huss. Os artigos de acusação foram então lidos, e a sentença pronunciada. Durante a leitura dos artigos de Huss fez várias tentativas para falar, mas sempre em vão; e quando depois disso ele ofereceu uma oração a Deus a favor dos seus inimigos, pedindo-lhe que lhes perdoasse as suas injustiças, as suas palavras foram recebidas com escárnio. O mártir, forte na sua integridade, ergueu as mãos, e exclamou: "Eis aqui, bendito Salvador, como o concílio condena como erro o que Tu tens prescrito e feito, quando, dominado pelos inimigos, entregastes a tua causa a Deus teu Pai, mostrando-nos por este meio que quando estamos oprimidos podemos recorrer à justiça de Deus". O fervor da sua eloqüência tinha chamado a atenção dos seus inimigos, e durante as poucas observações que ainda fez, guardaram um silêncio próprio de quem não se sente à vontade. Apenas Sigismundo parecia estar tranqüilo, mas a sua tranqüilidade durou pouco. Huss, desviando a vista dos prelados e fixando os olhos com firmeza no imperador, disse com voz clara e vibrante: "Vim a este conflito confiando na boa fé do imperador". Um vivo rubor coloriu então as faces desse homem, e Huss não disse mais uma palavra.


Foram-lhe em seguida arrancadas as vestes sacerdotais, e puseram-lhe na cabeça uma mitra de papel onde se viam pintados três demônios. O cálix sacerdotal, que lhe tinha sido colocado nas mãos, foi-lhe tirado com estas palavras: "Maldito Judas, que, tendo abandonado o conselho da paz, entraste no dos judeus, arrancamos-te das mãos este santo cálix onde está o sangue de Cristo". "Pelo contrário", disse Huss numa voz forte, "confio que pela graça de Deus ainda hoje hei de beber dele no seu reino". Os bispos retorquiram então: "Nós entregamos a tua alma aos demônios do Inferno", ao que Huss respondeu: "E eu entrego o meu espírito nas tuas mãos, ó Senhor Jesus Cristo; a ti entrego a alma que tu salvaste!"

Morte de João Huss


Tendo sido assim privado de um modo tão aviltante do seu cargo sacerdotal, foi entregue ao imperador, o representante do poder secular: "Pertence-vos o alto cargo", disse-lhe o bispo de Lodi, "de destruir as heresias e cismas, e com especialidade os obstinados hereges". O imperador desempenhou "este alto cargo" sem demora. O lugar de suplício não era longe, e Huss foi para ali conduzido imediatamente sob a guarda do eleitor palatino e oitocentos soldados a cavalo. Quando para ali se encaminhava, o seu rosto brilhava de alegria, e o povo que se apinhava no caminho estava admirado das suas piedosas orações. Chegando ao lugar de execução não lhe foi permitido a palavra ao povo, mas a oração que fez enquanto o estavam amarrando ao poste chegou aos ouvidos de todos: "Senhor Jesus, eu sofro humildemente esta morte cruel por amor de ti, e rogo-te, Senhor, que perdoes aos meus inimigos". No ultimo momento ainda fizeram uma tentativa para o induzir a assinar uma retratação, mas não o conseguiram: "Tudo o que escrevi e assinei foi com o fim de livrar as almas do poder do Demônio, e livrá-las da tirania do pecado; e sinto alegria em selar com o meu sangue o que escrevi e assinei". O eleitor, que tinha feito esta última tentativa, afastou-se então do lugar, e largaram fogo à lenha. Mas os sofrimentos do mártir acabaram depressa, e enquanto ainda orava a Deus decaiu-lhe a cabeça sobre o peito e sufocou-lhe uma nuvem de fumaça. Assim pois João Huss, que tinha dado uma boa confissão, obteve a coroa do martírio e partiu para estar com Cristo.

Jerônimo de Praga
O amigo de Huss e seu companheiro de trabalho, Jerônimo de Praga, seguiu-o em pouco tempo. Era homem de maior erudição, mas talvez de menos paciência, e as torturas a que o submeteram durante um bárbaro cativeiro de quase um ano enfraqueceram de tal maneira o seu espírito que conseguiram dele que assinasse uma retratação. Mas a vitória dos seus inimigos pouco tempo durou: na sua misericórdia o Senhor fortaleceu a sua alma, e ele em breve se retratou do que se tinha retratado. Merece a pena notar-se que, apesar de todos os sofrimentos por que passou durante esse tempo, a sua memória ficou clara e a sua inteligência tão vigorosa como antes, e a sua eloqüência era tal que provocava a admiração até dos seus próprios inimigos.


Foi no mês de maio de 1416, que Jerônimo se apresentou à sua última audiência. Não deixou de censurar os seus adversários por o terem conservado preso mais de onze meses, carregado de ferros, envenenado com poeira e mau cheiro, e privado das coisas mais necessárias. "E durante este tempo", disse ele, "destes aos meus adversários todas as audiências que eles quiseram, e vos recusastes ouvir-me uma só hora que fosse". Então referiu-se envergonhado, à sua retração, e aquela triste confissão por si um testemunho. "Confesso" disse ele, "e tremo quando penso nisso. Por medo do castigo do fogo, consenti vilmente e contra a minha consciência em condenar a doutrina de Wycliff e Huss. Retrato-me agora completamente deste ato pecaminoso, e estou resolvido a manter os dogmas destes homens até a morte, crendo que eles são a verdadeira e pura doutrina do Evangelho, assim como creio que as vidas desses santos foram irrepreensíveis".


A assembléia não tratou melhor esta nova vítima do que tinha tratado Huss, mas Jerônimo nunca perdeu a sua presença de espírito, nem se deu por vencido os clamores que faziam os seus adversários, nem quando o submeteram a ridículo. Lembrou-lhes que o seu caso não era único, e que outros mais dignos do que ele tinham sido acusados por testemunhas falsas, e condenados injustamente. José e Isaías, Daniel e João Batista, e até o seu próprio divino Mestre, tinham sido levados perante autoridades e sofreram injustamente às mãos de homens malvados. "Vós tendes resolvido condenar-me injustamente", exclamou ele, "mas depois da minha morte ficar-vos-á um remorso na consciência que nunca há de acabar. Apelo para o soberano juiz de toda a terra, em cuja presença haveis de comparecer para responderdes por este crime".


Uma tal linguagem era mais suficiente para promover a sua pronta condenação, mas ele tinha agora perdido todo o medo da morte. Quando aquele momento penoso chegou, a sua fisionomia radiante mostrou a sua boa vontade de sofrer; e dirigiu-se para o lugar do martírio cantando hinos de alegria. Nisto apareceu-se com o amigo que o tinha precedido, e esta semelhança não passou despercebida a um historiador católico-romano que depois foi papa com o nome Pio II: "Eles caminhavam para o suplício", disse esse escritor, "como se fossem para um banquete. Não proferiram uma única palavra que desse a perceber o mais pequeno temor. Cantavam hinos nas chamas, sem cessar, até o último suspiro".


E digno de menção o fato de ter sido o papa João XXIII mais tarde deposto pela sua malvadez, pelo mesmo concílio que ele convocara para a condenação destes nobres mártires. Foi este o único ato digno que o concílio praticou, não lhe cabendo, ainda assim, elogios por isso, visto que este passo foi dado por motivo de interesse.

Guerra Civil na Boêmia


O martírio de Huss e Jerônimo, com que eles esperavam livrar a Europa das heresias de Wycliff, não só deixou nas suas consciências o peso de um duplo assassinato, como também, sob o ponto de vista de Roma, foi um engano fatal. Em lugar de esmagarem, por este meio, o que eles chamavam uma heresia corruptora e escandalosa, inflamaram o espírito do povo boêmio, e causaram uma guerra civil. Ainda mesmo antes da morte de Jerônimo, vários fidalgos e outras pessoas eminentes da Boêmia tinham, indignados, mandado um protesto ao Concílio de Constância no qual o acusaram de injustiça e crueldade, e diziam mais, que estavam decididos a sacrificar as suas vidas na defesa do Evangelho de Cristo e dos seus fiéis pregadores. Contudo este protesto foi queimado com desprezo pelos prelados reunidos e a indiferença insultante destes padres foi mais tarde manifestada pelo bárbaro assassinato da segunda vítima. Os editos de perseguição que se seguiram não podiam, de certo, servir para abrandar o espírito do povo, e quando no ano de 1419 um pregador hussita foi preso e queimado, sofrendo além disso as maiores crueldades, o povo, exasperado, correu às armas, e tendo à sua frente o camarista do rei, um fidalgo chamado Zisca, levou tudo adiante de si.


O imperador Sigismundo levantou contra eles um poderoso e bem organizado exército, que foi desbaratado como se fosse palha, diante dos malhos dos camponeses boêmios, que, na verdade, poucas outras armas tinham para ferir as suas batalhas. O cardeal Juliano, legado do papa, presenciou algumas destas batalhas, e ficou admirado quando viu a flor do exército do imperador – príncipes conhecidos pela sua bravura, e veteranos de fama européia – retirando-se em desordem diante das armas grosseiras de um punhado de camponeses – ainda mais – algumas vezes, fugindo até quando ninguém os perseguia, possuídos de um pânico inexplicável. Numa destas ocasiões, o cardeal, derramando abundantes lágrimas, exclamou: "Ah! Não é o inimigo, são os nossos pecados que nos fazem fugir!". Vários escritores papistas confessaram que não podiam explicar o maravilhoso êxito destes guerreiros cristãos, e um deles afirmou que os boêmios mostraram ser um povo valente, porque, apesar de o imperador Sigismundo conduzir quase a metade da Europa contra eles, não foi capaz de vencê-los. O reformador Melanchton do século seguinte, atribuiu estas vitórias a poderes milagrosos, e acreditou que os anjos de Deus acompanhavam os vitoriosos nas suas expedições, e derrotava os seus inimigos.

Divergências entre os Hussitas


Por morte de Zisca no ano de 1424, empregaram-se esforços para pôr termo à guerra, sendo os boêmios convidados a apresentar o seu "utimatum" perante uma convocação em Basiléia. Mas os hussistas não eram todos favoráveis a estes tratados, e como já tinha havido algumas grandes divergências de opinião entre eles, dividiram-se em dois partidos. Um deles, que só pedia que na comunhão se desse tanto o cálix como o pão a todos por igual, foi facilmente atraído de novo para o seio da igreja, tendo o papa prometido consentir no ponto em que os dissidentes insistiam apesar de, logo que o pôde fazer com segurança, violar a sua promessa. Foi dado a este partido o nome de Calixtinos. O outro partido, que seguiu a doutrina de Huss, tal qual era, recusou assinar o pacto e ficou assim exposto às perseguições dos seus antigos amigos além de Roma. Eram conhecidos pelo nome de "taboretes", porque se reuniam para o culto numa certa colina, a que chamavam Monte Tabor. No entanto, o conhecimento cada vez maior que os taboretes tinham da Palavra de Deus, tinha-lhes ensinado que o apelo para as armas carnais era contrário à expressa idéia e vontade de Deus; e quando a perseguição principiou de novo, em lugar de servirem dos seus malhos e enxadas, apelaram somente para "a espada do Espírito, que é a Palavra de Deus" (Ef 6.17).

Os Irmãos Reunidos


Por fim, a intensidade dos seus sofrimentos comoveu o arcebispo de Praga, que anteriormente se tinha tornado saliente entre os calixtinos, e pela sua influência foram levados para os territórios de Lititz, nos confins de Moravia e Silésia, onde, por algum tempo, foram livres de perseguições, podendo até fundar uma colônia. Alguns dos seus irmãos que estavam entre os calixtinos reuniram-se a eles, juntamente com vários cidadãos de Praga, e não poucos fidalgos; para comemorar esta junção tomaram o nome de "Unitas Fratrum", ou Irmãos Reunidos . Isto teve lugar no ano de 1451.


Contudo, tinham estado instalados nos seus novos bairros apenas uns doze meses quando foram de novo incomodados pelos malévolos agentes de Roma. O pretexto para esta nova perseguição foi uma acusação, sem base, de sedição, e os irmãos morávios tiveram de por em prática toda a sua paciência e toda a sua fé. A crueldade dos inquisidores era digna de seu ofício, e centenas de morávios inocentes, que nem resistência faziam, foram por ordem deles agarrados e lançados na cadeia. Uns deixaram que morressem de fome; outros foram torturados; outros mutilados, e outros queimados; e alguns que podiam fugir foram obrigados a refugiar-se nas cavernas e nos bosques, onde se alimentavam da caça que matavam e dos frutos silvestres que os arbustos davam; e quando deixavam os seus esconderijos, iam uns atrás dos outros em fila, pisando as pegadas uns dos outros, levando o último um ramo com que apagava os sinais dos pés, e foi assim que evitavam ser apanhados. Quando chegava a noite acendiam o lume, não ousando fazê-lo de dia, com medo que o fumo, elevando-se, os atraiçoasse, e ao trêmulo clarão daquelas fogueiras tinham lugar as suas piedosas reuniões, onde juntos liam as suas Bíblias. No ano 1470 terminaram a tradução da Bíblia para a língua boêmia, e não tardou muito tempo que fossem impressas várias edições. Assim, pois, uma coisa ia ajudando a outra, e, a despeito dos esforços que Roma fazia para perturbar e fazer oposição, ia-se preparando o terreno para a reforma que se aproximava.


Há ainda três nomes que sobressaíram nesse tempo e a que não devemos deixar de nos referir, ainda que em poucas palavras.

Jerônimo Savonarola
O primeiro destes foi Jerônimo Savonarola, um monge dominicano, filho de um médico em Ferrara. Ainda muito novo, julgou ter recebido visões celestiais; isso levou-o a entrar no convento de Bolônia, onde seus jejuns e penitências atraíram a atenção dos seus superiores. Foi mais tarde removido para o convento de S. Marcos em Florença, e ali chegou à dignidade de prior, fazendo, então, toda a diligência para restituir, tanto quanto possível, a primitiva simplicidade da vida monacal. Mas o que chamou a atenção de Roma a ele foi a sua fama como pregador reformador e, fora do seu convento, as suas inexoráveis denúncias contra o papa; os seus ataques aos vícios do clero; as suas tristes lamentações pelo torpor das coisas espirituais naquele tempo. O papa diligenciou fazer calar o grande pregador, oferecendo-lhe um barrete de cardeal, mas isso não tinha atrativo para Savonarola. Recebeu o oferecimento com indignação, e declarou que o único barrete encarnado que ele ambicionava era aquele que fosse tinto com o sangue martírio.


Por fim foi apanhado e metido na prisão. Ali aproveitou o seu tempo a meditar e orar, e escreveu uma meditação espiritual sobre o Salmo 31, na qual descrevia as lutas íntimas do homem convertido. Depois de ser cruelmente torturado, por ordem da Inquisição, foi assinada a ordem da sua condenação por esse mesmo papa que queria fazê-lo cardeal, e foi finalmente queimado no ano 1499.

João de Wessália


O segundo foi João de Wessália, um notável doutor de teologia de Erfurt. Este homem piedoso foi, na sua velhice, muito apoquentado pelos inquisidores papistas que meteram seu frágil corpo entre ferros, sujeitando-o a muitas indignidades. Ele ensinou que a salvação se obtinha pela graça, e que as peregrinações, os jejuns, a extrema unção etc., de nada aproveitavam à alma, e que a Palavra de Deus é a única autoridade em materiais de fé. Conseguiram afinal que ele retratasse de alguma das suas opiniões, mas isso não teve por efeito diminuir o ressentimento dos seus inimigos, visto que ainda o conservaram na prisão mais alguns meses, vindo a morte libertá-lo misericordiosamente no ano de 1479.

João Wesselus


O terceiro foi João Wesselus, ou Wessel, amigo de João de Wessália, com quem o confundiram algumas vezes. Nasceu em Groningen, na Holanda, pouco mais ou menos no ano 1419, e foi célebre na Europa. Apesar de ser incontestavelmente o maior teólogo da sua época, nunca tomou ordens, não estando por isso associado com qualquer corpo eclesiástico. Era muito vulgar naqueles tempos adotar a profissão clerical para evitar perseguições, e isto explica a observação que ele fez uma vez, afirmando que não tinha medo do cadafalso, e portanto não precisava de tonsura. Quando o seu amigo Rovere, geral dos franciscanos, foi elevado ao trono papal, perguntou-lhe se tinha algum pedido a fazer-lhe, ao que respondeu: "Sim, peço-lhe que me dê da livraria do Vaticano uma Bíblia em grego e outra em hebraico" – "Ser-lhe-ão dadas", respondeu o papa, - "Mas por que não pede antes um bispado ou coisa semelhante?" – "Por uma razão muito simples", retorquiu Wessel, "porque não quero nenhuma dessas coisas".


Tal era o espírito do homem que tinha de levar avante o testemunho de Deus, testemunho que temos traçado desde a era dos apóstolos. Parece que não sofreu nenhuma perseguição durante a sua vida, apesar de todo o teor do seu ensino ser contrário ao procedimento e às máximas de Roma. Lutero, no século seguinte, manifestou a sua surpresa de que os escritos de Wessel fossem tão pouco conhecidos, e falou dele como sendo um homem de admirável inteligência e espírito invulgar, evidentemente ensinado por Deus. "Se eu tivesse lido as suas obras há mais tempo", disse Lutero, "os nossos inimigos poderiam supor que eu tinha aprendido tudo com Wesselus, tal é a perfeita coincidência nas nossas opiniões... Agora não posso duvidar de que tenho razão nos pontos que tenho indicado, vendo um tão grande acordo nos sentimentos, e até quase as mesmas palavras empregadas por aquele grande homem, que viveu numa outra época, num país distante, e em circunstâncias muito diferentes das minhas".
Wesselus morreu cheio de honra aos setenta anos de idade, confessando no seu último suspiro a imensa satisfação da sua alma, porque "tudo que ele conhecia era Jesus Cristo crucificado".


Isto teve lugar no ano de 1489. Lutero era então uma criança de seis anos. Assim pois o testemunho foi ligado ao período da grande Reforma, e a cadeia de testemunhas tinha sido até ali conservada sem interrupção.

A RREFORMA PROTESTANTE–O início da Reforma de (1324 à 1459)

A REFORMA PROTESTANTE
O Princípio da Reforma (1324 - 1459)

Supõe-se que João Wycliff nasceu nas proximidades de Richmond, no condado de York, na Inglaterra, pouco mais ou menos em 1324. A pobreza de seus pais, que parece terem sido camponeses, não o impediu de entrar, na idade própria, na universidade de Oxford, onde aproveitou todas as ocasiões para se instruir, ganhando bem depressa as boas graças do seu tutor, o piedoso e sábio Thomas Bradwardine, que fazia dele muito bom juízo. Durante os seus estudos adquiriu um bom conhecimento não só das leis civil, canônica e municipal, mas também da ruína da natureza humana, como as Escrituras a ensinam, da inutilidade do merecimento humano para a salvação, e da grandeza da graça divina, pela qual o homem pode ser justificado sem as obras da Lei. Diz-se também que, por conselho do seu tutor, estudara as obras de Grostete, e dali lhe viera a idéia de que o papa era o Anticristo.
Os seus ataques às ordens mendicantes, que atraíam os estudantes da universidade para os seus mosteiros, tornaram-no notável em Oxford. Ele escreveu alguns folhetos sobre o assunto. Era Wycliff nesse tempo professor da universidade, mas isso não o impediu de continuar no seu trabalho pelo Senhor, e, aos domingos, despia a toga de professor e pregava ao povo o Evangelho simples na linguagem popular.

A fama das suas pregações bem depressa chegou a Roma, e os frades mendicantes, cuja influência estava muito abalada pelo seu ensino, apressaram-se a dar a saber ao papa os seus receios. Para isso usaram de um meio muito eficaz extraindo dos escritos de Wycliff dezenove artigos, e mandando-os ao papa, juntamente com as suas cartas; e, como a maior parte destes artigos, combatiam de uma maneira muito clara as pretensões temporais do papa, pode-se facilmente imaginar qual foi o resultado. Nove dos extratos foram logo condenados como heresias e outros declarados errados, e foram mandadas imediatamente ordens à Inglaterra para que o ousado herege fosse levado aos tribunais pelas suas opiniões. Isto foi o princípio do conflito, mas Roma ainda desta vez se enganou.

Ataque ao Reformador


Ao atacar o reformador, tinham atacado um homem com amigos, porque Wycliff tinha-os em todas as classes. A classe popular estimava-o porque ele se interessava pela sua causa e lhes explicava as Sagradas Escrituras em linguagem que podiam compreender; os fidalgos eram seus amigos porque ele os ajudava a resistir ao clero; e em Oxford não era menos estimado pela sua piedade do que respeitado pelo seu saber.
No mês de fevereiro do ano 1377 foram abertas as sessões da Convocação de S. Paulo, e para ali se dirigiu Wycliff, acompanhado de seus amigos João de Gaunt, duque de Lencastre e Lord Percy, marechal da Inglaterra. Receavam estes que se ele fosse sozinho não seria ouvido com imparcialidade, e podia talvez ser vítima de um jugo odioso; e quando começou o julgamento, a conduta de Guilherme Courtenay bispo de Londres mostrou bem que tinham razão de ter receios.
A multidão de gente dentro da catedral era enorme, e o marechal teve de empregar a sua autoridade para poder chegar ao pé dos juízes. Isto excitou o bispo imensamente, e seguiu-se uma cena tumultuosa. "Se eu soubesse, senhor," disse ele, "que queríeis ser senhor nesta igreja, teria tomado as minhas medidas para vos impedir de aqui entrar". O duque de Lencastre, que era nesse tempo regente do reino pela menoridade do rei Ricardo II, aprovou o ato do marechal, e observou que era "necessário manter a ordem apesar dos bispos". Courtenay a custo conteve a sua ira, mas quando, em seguida, o marechal pediu uma cadeira para Wycliff, exclamou, encolerizado, "Ele não deve sentar-se; os criminosos conservam-se de pé perante seus juízes". De ambos os lados se levantou novamente uma grande discussão, e só Wycliff se conservou silencioso; no entanto, o povo, seguindo o exemplo dos seus chefes, começou a exprimir sua própria opinião com atos de violência. Era impossível prolongar a sessão em tais circunstâncias; portanto, encerraram o tribunal, e o reformador saiu da catedral acompanhado pelo duque de Lencastre.

Dois Papas ao Mesmo Tempo


Por algum tempo deixaram-no em paz, e Roma teve de se ocupar duma questão mais séria, que exigia toda a sua atenção. Tratava-se nem mais nem menos do que a eleição de um papa rival em Findi, Nápolis. O pontífice romano, Urbano VI, desgostara de tal maneira os seus cardeais pela sua aspereza e severidade, que estes tinham julgado conveniente prestar a sua fidelidade a outro, e tinham investido dessa dignidade Roberto, conde de Genebra. Este, depois de ser devidamente eleito, estabeleceu a sua residência em Avignon, França, sob o título de Clemente VII, e ali foi reconhecido como papa pela Escócia, Espanha, França, Sicília e Chipre. O resto da Europa ainda considerava Urbano como o legítimo "sucessor" de S. Pedro.
Como era de esperar, este notável cisma ainda mais excitou o zelo de Wycliff contra o papismo, e deu-lhe novos motivos para vencer. "Confiemos na ajuda de Cristo", exclamou ele, "porque Ele já começou a ajudar-nos pela sua graça, fendendo a cabeça do Anticristo em duas, e fazendo com que as duas partes comecem a guerrear uma contra a outra". Ele já tinha declarado que o papa, o soberbo padre mundano de Roma, era o Anticristo, e o mais maldito dos exploradores da bolsa alheia, e agora Wycliff não teve escrúpulos em afirmar que tinha chegado o momento oportuno para extinguir o mal inteiramente.

Wycliff Citado de Novo


Afirmando isto, porém, antecipava o futuro, e sendo citado segunda vez para comparecer perante os seus acusados, viu que muitos dos seus amigos o tinham abandonado por causa das suas idéias extremistas, e entre eles o duque Lencastre. Mas Deus não o tinha abandonado, e o abandono dos amigos terrestres deu-lhe pouco cuidado. No seu primeiro julgamento tinha ele talvez estado, sem o saber, a fazer da carne a sua arma, mas agora não era assim, e apresentou-se no tribunal sozinho. Contudo, bastantes pessoas que esperavam ser ele provavelmente devorado naquela caverna de ladrões, encaminharam-se para a capela, na intenção de lhe acudir aos primeiros sintomas de traição que se manifestassem.
Os prelados tinham ido para o concílio confiados e altivos, certos de uma vitória fácil, mas ao observarem estas manifestações populares, ficaram inquietos e, quando, ao começar os interrogatórios, receberam uma ordem da mãe do jovem rei proibindo-os de pronunciar qualquer sentença definitiva sobre a doutrina conduta de Wycliff, a sua derrota foi completa.

Wycliff Traduz a Bíblia


Assim pois, pela graça de Deus, Wycliff escapou ainda mais uma vez das garras dos seus perseguidores, e pôde, pouco depois, ocupar-se com a grande obra da tradução da Bíblia na linguagem do país. Havia muito tempo que ele manifestara o desejo de que os seus patrícios pudessem ler o Evangelho da vida de Cristo em inglês, e havia agora todas as possibilidade de ver o seu desejo satisfeito. Poucos meses mais tarde essas probabilidades tornaram-se em certeza, e, à proporção que o trabalho ia chegando ao fim, o ousado reformador começou a sentir que a sua missão na terra estava quase terminada. No ano de 1383 viu a sua obra completa, e, apesar de os bispos fazerem toda a diligência para que a versão fosse suprimida por lei do Parlamento, os seus esforços não tiveram resultado, e em breve a Bíblia começou a circular por todo o reino.

Morte de Wycliff


Wycliff porém não viveu o suficiente para ver a oposição dos bispos, pois que a 31 de dezembro de 1384, depois de uma vida agitada de sessenta anos, entrou no descanso eterno; e, posto que os seus amigos receassem que ele morresse de morte violenta, Deus tinha determinado outra coisa e assim morreu pacificamente em Luterworth. Os agentes de Roma foram pois logrados na esperança de alcançar a desejada presa, mas ainda assim o seu corpo foi mais tarde desterrado e queimado, e as cinzas lançadas num regato próximo, "O regato", diz Fuller, "levou as cinzas ao rio Avon; o Avon levou-as ao Saverna; o Saverna ao canal, e este ao grande oceano. E assim as cinzas de Wycliff são os emblemas da sua doutrina, que se acha agora espalhada pelo mundo inteiro".

Os Lollardos


Quando Wycliff morreu os seus adeptos eram muitos, e havia-os entre todas as classes da comunidade. Parece que era em Oxford que havia maior número, e quando o Dr. Rigge, chanceler da universidade, recebeu ordem para impor silêncio àqueles que favoreciam o reformador, respondeu que não ousava fazê-lo por ter medo de ser morto. Todos os que adotaram publicamente a doutrina de Wycliff eram chamados de lollardos, mas é certo que mesmo antes de Wycliff aparecer já existiam muitos cristãos com essa denominação. As suas doutrinas e opiniões eram em tudo iguais às do reformador, e parece que foram tão infatigáveis como ele em as espalhar. Assim como Wycliff, eles também ensinavam que "o Evangelho de Jesus Cristo é a única origem da verdadeira religião; que não há nada no Evangelho que mostre que Cristo estabeleceu a missa; que o pão e vinho, ainda depois de consagrados, ficam sendo pão e vinho; que os que entram para os mosteiros ainda se tornam incapazes de observar as ordens de Deus; e, finalmente, que a penitência, a confissão, a extrema unção, não são precisas, nem se fundam nas Escrituras Sagradas".
Pensar que Roma deixaria viver tais incorrigíveis hereges, sem se incomodar, seria supor que ela fosse capaz de tolerância e misericórdia – qualidades estas que nunca patenteou. Não era este o seu modo de proceder; e se os lollardos não foram logo perseguidos pela sua cólera, foi unicamente porque lhes faltavam os meios de tornar bastante eficaz a perseguição. Contudo, a subida ao trono de Henrique IV forneceu-lhe a oportunidade que esperava. Os padres e os frades tinham estado no entanto bastante ocupados em espalhar falsos boatos sobre o procedimento revolucionário dos lollardos, e tinham inspirado tais receios à nação que, quando no ano de 1400 o novo rei fez publicar um edito real determinando que os hereges fossem queimados, o Parlamento prontamente o sancionou.

Tempo de Martírios


Se fôssemos descrever todos os martírios que fizeram os "hereges" sofrer durante esta perseguição, teríamos de escrever um martirológio, e isso iria muito além dos nossos limites. Guilherme Sautree teve a honra de ser a primeira vítima desta nova lei. A ele seguiu-se João Badby, um artista de Worcester, cujo martírio foi presenciado pelo jovem príncipe de Gales – depois Henrique V. Conta-se deste mártir que, quando acenderam o fogo, ele pedira misericórdia, e Henrique ordenara que fosse tirado das chamas. Trazido à sua presença, o príncipe perguntou-lhe: "Queres abandonar a heresia e conformar-te com a fé da santa madre igreja? Se queres, terás sustento por um ano tirado do tesouro do rei". Mas João Badby tinha estado a pedir misericórdia de Deus e não dos homens, e a sua firmeza não se abalou com mais esta prova. Foi, em conseqüência, levado segunda vez para as chamas.
Como os lollardos aumentassem cada vez mais, o arcebispo Arundel fez convocar um concílio no ano de 1413, a fim de procurar melhores meios de os suprimir, e desde esse tempo, durante perto de um século, as chamas da perseguição foram ardendo por toda a Inglaterra, e conservou-se o mesmo rigor na busca dos hereges; mas Deus tinha decretado que a obra dos seus servos prosseguisse; e quem poderia deter a sua mão? As miseráveis criaturas de Roma podiam fazer diminuir o pequeno bando de cristãos, por meio do fogo e outras torturas, e prisões (as tribulações eram o quinhão que os fiéis discípulos esperavam), mas não podiam destruir a obra que Deus tinha começado. A sua Palavra – aquela semente incorruptível que vive e permanece eternamente – estava nas mãos do povo, e enquanto o poder dela estivesse entre eles, as armas de Roma eram impotentes, e a obra de Deus nas almas havia de se efetuar para a sua glória.

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Estudos–A segunda Viagem Missionária de Paulo

 

 

A Segunda Viagem Missionária de Paulo (15.36-41)
Dirimidas as dúvidas quanto à questão dos judaizantes, Paulo e Barnabé concordaram em fazer uma visita às igrejas estabelecidas durante a primeira viagem missionária que haviam feito. Porém, João Marcos foi ponto de discórdia entre ambos.
. João Marcos, Uma Causa de Dissensão
Barnabé decidira levar João Marcos com eles. Paulo por sua vez rejeitou a idéia, alegando que João Marcos os havia deixado em meio à viagem anterior, voltando a Jerusalém. Tal contenda causou a divisão entre ambos. Barnabé acompanhado de João Marcos foi novamente a Chipre, enquanto que Paulo levando Silas em sua companhia saiu a percorrer a Ásia Menor, visitada durante a primeira viagem missionária, e entregando às igrejas, cópias da decisão apostólica tomada na assembléia de Jerusalém (cap. 15).
. Paulo Encontra Timóteo e Lucas
Partindo de Antioquia, Paulo e Silas chegaram a Listra. Ali Paulo encontrou Timóteo e tanto se agradou dele que o levou consigo. Timóteo veio a se tornar fiel amigo e companheiro de Paulo nos anos seguintes. Saindo de Listra, Paulo, Silas e agora Timóteo, ao que parece, planejaram ir a Éfeso, porém, Deus lhes impediu. Depois planejaram ir à Bitínia, mas outra vez Deus lhes impediu. Então se dirigiram a Trôade. Essa cidade ficava perto da antiga Tróia. Em Trôade, Paulo teve a visão com o varão que o rogava: “Passa à Macedônia e ajuda-nos” (16.9). No versículo 10 do capítulo 16 o escritor (Lucas) deixa de usar o pronome “ele” e passa a usar o pronome “nós”, parece que sugerindo que em Trôade, Lucas ajuntou-se a Paulo e seus companheiros.
. Paulo Chega a Filipos
De Trôade, eles seguiram para Filipos (16.11-40). A primeira pessoa convertida nessa cidade foi Lídia, negociante de púrpura, vinda de Tiatira. Possivelmente foi ela a organizadora da igreja naquela cidade.
Filipos foi a primeira igreja fundada por Paulo na Europa, uma das suas igrejas mais fiéis, talvez a única, da qual recebeu ajuda pelos seus trabalhos. Ali ficou Lucas, o qual voltou a ajuntar-se a Paulo seis anos depois. Cinco anos mais tarde, Paulo escreveu sua carta à igreja que estava nessa cidade. Não podemos nos esquecer que foi ainda na cidade de Filipos que se deu a dramática conversão do carcereiro (16.27-40).
. Paulo Vai Mais Além
Da cidade de Filipos seguiram para a maior cidade da Macedônia, Tessalônica (17.1-9). Tessalônica ficava a uns 160 quilômetros a oeste de Filipos. Lá muita gente se converteu, e seus inimigos acusaram-nos de “transtornar o mundo”, elogio que não foi pequeno à magnitude de sua obra.
Partindo de Tessalônica, foram a Beréia (17.10-14), que ficava a uns 80 quilômetros a oeste daquela cidade. Ali Paulo teve um ministério bem aceito, pois os bereanos mostraram-se receptivos às verdades das Escrituras.
Da Beréia Paulo alcançou a grande cidade de Atenas (17.15-34), na Grécia. Foi onde Paulo teve a mais fria recepção ao longo de sua viagem. Nessa cidade Paulo pregou o conhecido sermão sobre o DEUS DESCONHECIDO. Partindo dali, Paulo seguiu para Corinto (18.1-18), uma das principais cidades do Império Romano. Lá Paulo ficou quase dois anos, durante os quais estabeleceu uma forte igreja.
. Paulo Volta a Jerusalém
Saindo de Corinto, Paulo voltou a Jerusalém e, posteriormente a Antioquia. No caminho de volta visitou rapidamente a cidade de Éfeso (18.19), na época com uma população de, aproximadamente 225.000 habitantes. Era a metrópole da Ásia Menor, e importante. Ficava à margem da estrada imperial que ia de Roma para o Oriente, sede do culto a Diana.
Seguindo de Éfeso foram a Cesaréia, daí a Jerusalém e a Antioquia. “Havendo passado ali algum tempo, saiu, atravessando sucessivamente a região da Galácia e Frigia, confirmando todos os discípulos” (18.23).
Paulo Chega a Atenas (17.16-34)
Em sua segunda viagem missionária, partindo de Beréia, Paulo chegou a Atenas (17.15-34), cidade de Péricles, Sócrates, Demóstenes e Platão. Durante mil anos, de 500 a .C., a 500 d.C., foi o centro da filosofia, da literatura, da ciência e da arte; a sede da maior universidade do mundo. Atenas era regida por um conselho denominado “Areópago”. Esse conselho tinha também autoridade sobre tudo o que era ensinado. Atenas era o que poderíamos chamar, uma cidade religiosa – suas ruas eram cheias de ídolos, altares e templos.
Vários séculos antes, essa cidade fora censurada pelos seus estadistas, por se interessar mais em ouvir contar novidades do que dar atenção a assuntos de real importância. Para Paulo, sobretudo, era doloroso ver uma cidade tão culta envolvida em extrema idolatria. Aqui dissertara não apenas entre os judeus na sinagoga, como também entre os atenienses na praça, a “ágora”, centro da vida ateniense.
A “ágora” era uma área aberta, no centro da cidade, cercada de edifícios públicos, templos dos deuses principais, Senado e Tribunal de Justiça, e também os pórticos que eram usados para as operações de câmbio. Era um lugar freqüentado pelos homens de negócio.
. O Discurso de Paulo
Na “ágora”, Paulo disputara com os adeptos das duas mais ilustres escolas de Atenas formadas pelos estóicos e epicureus; aqueles buscando a autosuficiência como o mais elevado bem; os últimos, buscando o prazer. Aos epicureus, Paulo parecia pregador de estranhos deuses (v.18), pelo que levaram-no à corte do Areópago, para que expusesse o seu ensino.
Quando Atenas tornou-se uma democracia, no V século antes de Cristo, grande parte do poder dessa corte, que fora fundada, segundo a tradição, pela padroeira da cidade – a deusa de Atenas – foi abatida. Porém, ela conservou grande prestígio, que tendia a crescer sob os romanos. Há evidência de que por essa época uma das suas funções era examinar e licenciar preletores públicos.
O discurso de Paulo perante aquele grupo de pessoas, como vem narrando Lucas, começou com uma referência ao altar dedicado ao DEUS DESCONHECIDO: “passando eu e vendo os vossos santuários, achei também um altar em que estava escrito: AO DEUS DESCONHECIDO. Esse pois que vós honrais, não o conhecendo, é o que eu vos anuncio” (At 17.23). Paulo declarou, pois, que a sua missão era tornar conhecido esse Deus que todos os atenienses adoravam sem conhecê-lo. Paulo enfatizou que Deus não devia ser adorado segundo o sistema idolátrico de Atenas e do mundo pagão em geral. E prosseguiu conclamando a todos a se arrependerem, porquanto Deus “tem determinado um dia em que com justiça há de julgar o mundo, por meio do varão que destinou” (v.31).
. Reação ao Discurso de Paulo
Cristo, o Homem designado para executar esse juízo, havia ressurgido dentre os mortos. Os ouvintes, que até então haviam se mostrado interessados nas palavras de Paulo, passaram a uma segunda posição: não concordaram com ele, ao mencionar “ressurreição”. E passaram a escarnecer e zombar do que Paulo dizia. A imortalidade da alma era um ponto comum das diversas escolas filosóficas de Atenas, mas a ressurreição do corpo era para eles tão absurda quanto indesejável.
Ainda hoje a ressurreição dos mortos é uma pedra de tropeço para muitos, assim como era para os atenienses; no entanto é essencial à genuína fé cristã.
Houve, porém, alguns homens que se agregaram a ele e creram; entre eles estava Dionísio, o areopagita, uma mulher chamada Damaris e, com eles, outros mais” (v. 34).
Paulo em Corinto(18.1-28)
Saindo de Atenas, Paulo foi para Corinto, grande cidade comercial. Era a maior cidade de todas as cidades que Paulo visitara. Depois de sua destruição pelo general romano Múmio, no ano 146 a .C., ficou em ruínas durante 100 anos, até que em 46 a .C., Julio César a reedificou como colônia romana. Por muito tempo foi conhecida como uma cidade de extrema imoralidade. A imoralidade era até consagrada pela religião como uma forma de culto. Nela fora edificado um templo dedicado a Afrodite, a deusa do amor. Nesse templo haviam prostitutas “consagradas” e dedicadas ao culto da orgia e da imoralidade.
. Paulo Funda Uma Igreja em Corinto
Paulo conhecia a importância de fundar uma igreja naquela cidade, pelo que passou ali dezoito meses. Nessa cidade encontrou o casal Áquila e Priscila, que lhe prestou relevante auxílio em seus trabalhos posteriores.
Seu ministério na cidade de Corinto começou na própria sinagoga da cidade, mas não tardou muito, para que os judeus fechassem as suas portas para ele. Então Tito Justo “ que servia a Deus ”, abriu as portas da sua casa e Paulo passou a pregar ali “e muitos dos corintos, ouvindo-o, creram e foram batizados” (v. 8b). merece destaque a conversão de Crispo – principal da sinagoga, juntamente com toda a sua família (v. 8).
. Paulo Sofre Oposição dos Judeus
Os opositores, todavia, permaneciam firmes no propósito de impedir os passos de Paulo, pelo que tomando-o, levaram-no à presença de Gálio. Todo esforço dos inimigos de Paulo, foram baldados. Gálio era um tipo singular. Era irmão muito estimado de Sêneca, o filósofo estóico e tutor de Nero. Ele governou a Acaica do ano 51 a 52 d.C.
Os acusadores de Paulo foram frustrados em seus intentos junto ao governador. Este nada podia fazer contra Paulo, uma vez que as acusações prendiam-se a questões religiosas e não à desobediência da lei romana. Portanto, estava fora da sua competência julgar o apóstolo.
Evidentemente a atitude dos judeus para com Sóstenes (v. 17) – o principal da sinagoga – evidenciava todo o rancor que os gregos alimentavam contra os judeus. Se este Sóstenes é o mesmo de 1 Coríntio 1.1, ele tornara-se cristão, tal como aconteceu com Crispo, seu antecessor. O tesoureiro da cidade, Erasto, também tornou-se cristão (Rm 16.23).
. Paulo Deixa Corinto
Na primavera do ano 52, Paulo deixou Corinto para uma rápida visita a Jerusalém, onde pretendia passar a páscoa. A caminho, passou por Éfeso, sem contudo se demorar ali, contrariando os discípulos daquela cidade. Contudo, ficara a promessa de um retorno àquela cidade, o que se cumpriu, conforme veremos na próxima Lição.
Entrementes, um judeu alexandrino, de nome Apolo, versado nas Escrituras do Antigo Testamento, e também na história de Jesus – o Messias, estava despertando o interesse na sinagoga de Éfeso, com palavras de grande poder.
Como Apolo conhecia apenas o batismo de João, Áquila e Priscila, apressaram-se por ensinar-lhe o caminho do Senhor com mais precisão – ensinos que ambos haviam recebido de Paulo. Devidamente preparado, Apolo decidiu seguir para a Grécia, mas os irmãos recomendaram-no à igreja de Corinto. Seu trabalho foi de tão proveito para aquela igreja, que Paulo mais tarde escreveu: “Eu plantei, Apolo regou” (1 Co 3.6). Estas palavras de Paulo foram escrita em razão dos partidos que estavam se formando no seio da igreja de Corinto, em torno das pessoas de Paulo e Apolo, os quais, na verdade, nada mais foram naquela igreja que instrumentos pelos quais Deus operou a edificação da igreja. Entre eles não havia rivalidade.