segunda-feira, 18 de março de 2013

Multidão formada por radicais muçulmanos incendeia bairro cristão no Paquistão

 

Multidão formada por radicais muçulmanos incendeia bairro cristão no Paquistão

Uma multidão formada por muçulmanos destruiu mais de 160 casas de cristãos na região norte do Paquistão. Os radicais islâmicos saquearam e incendiaram praticamente todo um bairro cristão em Lahore por causa de uma suposta denúncia de blasfêmia contra o profeta Maomé.

De acordo com a polícia local, a confusão começou depois que um jovem muçulmano acusou um jovem cristão de blasfêmia, o que no Paquistão pode levar à pena de morte. De acordo com as redes de notícias locais, muitas vezes a população se manifesta e busca fazer justiça com as próprias mãos.

Aproximadamente sete mil pessoas invadiram a área, um bairro cristão, com paus e pedras, colocando fogo na cidade. Segundo informações do ministério Portas Abertas, um total de 178 casas e 75 lojas foram destruídas; muitos cristãos ficaram sem nada. Bíblias também foram queimadas.

No Paquistão, o Islamismo é a religião oficial do Estado, e é professado por 95% dos habitantes do país. Apesar de existirem leis no país que assegurem a garantia das minorias religiosas, como o Cristianismo, o governo utiliza a Lei da Blasfêmia para limitá-las. A sentença dessa lei pode ser pena de morte, prisão perpétua e dez anos de prisão. Lei de blasfêmia do Paquistão é oriunda do período colonial britânico, e alguns períodos da história do país acabaram por dar liberdade aos extremistas de abusar da lei, atacando os cristãos e outras minorias contrárias ao regime imposto, sobretudo porque as autoridades não querem ser vistos como blasfemos em defenderem a minoria cristã de supostos e muitas vezes não comprovados insultos a religião islâmica.

O jornal Hoje Paquistão relatou que a polícia abriu uma diligência contra a blasfêmia, porém, o chefe do distrito policial, Hafiz Abdul Majid, reconheceu já nas investigações iniciais que esta é uma falsa acusação de blasfêmia, mas disse que a diligência prosseguiu porque a multidão já estava incitada à violência. Temendo por sua segurança, após o tumulto ocorrido, centenas de famílias cristãs fugiram da região durante a noite.

Por Dan Martins, para o Gospel+

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